quarta-feira, 9 de setembro de 2015

9 de Setembro de 1828: Nasce Liev Tolstoi



"O herói do meu conto, aquele que amo com todo o poder da minha alma, aquele que tentei retratar em toda a sua beleza, aquele que tem sido, é e será lindo, é a Verdade."

Liev Tolstói nasceu a 9 de Setembro de 1828, no seio de uma família aristocrática russa, com fortes conexões a ilustres famílias da mesma nacionalidade.
Durante a sua infância, teve dificuldade em seguir os seus estudos e deambulou pela sua vida até findar com grandes dívidas de jogo. Cansado do fardo da sua vida, voluntariou-se no exército russo. As suas observações escritas acerca do ambiente de quezília que aí testemunhou aumentaram a sua reputação como escritor russo, atraindo, até, a atenção do Czar. Mais tarde, em Confissões (1882), lamenta profundamente estes seus tenros anos, lembrando-os com terror, luto. Recorda: "Mentira, roubo, promiscuidade a todos os níveis, violência, homicídio - não houve um crime que eu não cometesse... assim vivi por dez anos." 

Note-se que Tolstói tinha um grande interesse em procurar entendimento e justificação para a vida. Viajou muito por toda a Europa, mas logo se desencantou perante o materialismo da burguesia europeia. Desenvolveu grande empatia com os pobres, com os mendigos, com os apartados da sociedade, ajudando-os.
Em 1862 casou com Sofia Andreyevna Behrs, 16 anos mais nova. Este casamento proporcionou-lhe grande estabilidade. Foi nesta época que saíram os grandes Guerra e Paz e Anna Karenina.

Guerra e Paz é de cortar o fôlego: o seu teor realista e, sobretudo, a história! É pesado, sim, mas lindíssimo. Algumas personagens são reais, outras inventadas. Faz uma narrativa das guerras napoleónicas tendo como pano de fundo duas famílias. Tolstói nunca o viu como um romance mas como uma obra épica. O fundamento do livro é aproveitar e viver bem a vida, qualquer que seja a situação.
Depois de publicar Anna Karenina e Guerra e Paz, Tolstói seguiu uma nova direção em termos filosóficos e religiosos. Influenciado pelo Budismo e pelo Sermão da Montanha, desenvolveu uma filosofia pacifista - ou anarquista: tornou-se um apoiante da desobediência civil para melhorar o bem-estar dos oprimidos, atraindo discípulos e idealistas e afastando-se dos ensinamentos da Igreja Ortodoxa,
Mas o seu legado como escritor e pensador foi enaltecido pelo mundo inteiro. Hoje é ainda considerado um dos melhores escritores de todos os tempos. E nós não podemos negá-lo!

Por hoje é tudo!




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